"Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.
Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo." (Isaías 43.18,19)
O ano está findando. As festas se aproximam e naturalmente as pessoas, instituições, igrejas e grupos, dos mais diversos, começam a pensar e a movimentar-se no intuito de comemorar o Natal e o Ano Novo.
Vivemos uma crise de ajustamento a uma economia globalizante, que provoca ondas de desemprego e violência por todos os lados, destruindo o sonho de muita gente. Este é o momento de estarmos atentos, pois nesse período se instala no meio social, a preparação para o aproveitamento comercial, e infelizmente, muitos acabam se envolvendo com a celebração social da festa, e se esquecem do verdadeiro sentido do natal.
E o texto do livro de Isaías, aqui mencionado, surge num contexto de desesperança, desconfiança e frustração, por causa do cativeiro babilônico, e nos traz algumas pistas pastorais:
“Não vos lembreis das coisas passadas…”
O passado não deve ser ignorado, mas deve ser visto na expectativa de mudança. O profeta valorizou sua história e compreendeu como desfavorável. Como o profeta, temos que infundir esperança e novas perspectivas, apesar do caos que vivemos.
“Eis que faço coisa nova…”
O Senhor é Deus de novidade de vida. Essa condição não se concretiza sem uma confiança inabalável na condução divina da história. Assim como o profeta pregou para o povo de Israel do cativeiro, precisamos ter os olhos da fé abertos para a grande oportunidade que o momento presente nos coloca, oferecer uma mensagem de natal que desperte esperança, ainda que vivenciemos uma dura realidade.
“… Porei água no deserto…”
A frase está no futuro. Isto nos proporciona ver com os olhos da esperança, e sonhar com dias melhores. Falar de natal e ano novo é, portanto, renovar a esperança e reabastecer-se de ânimo para não se deixar envolver pelas circunstâncias e com isso, abandonar a luta, pois o texto de Isaías renova a esperança e sua releitura é uma necessidade contínua.
Feliz Natal, e um Ano novo Abençoado.
Texto: Extraído do Rev. Natanael Garcia Marques.
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