quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Casamento e Amor

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“...Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea .” (Gn 2.18)

A justificativa mais comum para o casamento é o amor. Mas devemos considerar que o amor é uma experiência cuja definição está em xeque não apenas pela quantidade enorme de casais que “já não se amam mais”, como também pelo número de pessoas que se amam, mas não conseguem viver juntas.

Talvez por estas duas razões, o amor eterno enquanto dura é o amor incompetente para a convivência. Nossa sociedade providenciou uma alternativa para suprir a necessidade afetiva das pessoas: relacionamentos temporários em detrimento do modelo indissolúvel. Mas, mesmo assim, o número de pessoas que optam pelo casamento em sua forma tradicional, do tipo “até que a morte vos separe”, cresce a cada dia. Acredito que existe uma peça do quebra-cabeça que pode dar sentido ao quadro. Trata-se da urgente necessidade de desmistificar este conceito de amor que serve de base para a vida a dois.

Afinal de contas, o que é o amor conjugal? Para muitas pessoas, o amor conjugal é confundido com a paixão. Paixão é aquela sensação arrebatadora que nos faz girar por algum tempo ao redor de uma pessoa como se ela fosse o centro do universo e a única razão pela qual vale a pena viver. Esta paixão geralmente vem acompanhada de uma atração quase irresistível para o sexo, e não raras vezes se confunde com ela.

Assim, palavras como amor, paixão acabam se fundindo e tornando-se quase sinônimas. Este conceito de amor justifica afirmações do tipo: “sem amor nenhum casamento sobrevive”, “sem paixão, nenhum relacionamento vale a pena”, “é o sexo apaixonado que dá o tempero para o casamento”.

Minha impressão é que todas estas são premissas absolutamente irreais e falsas. Deus justificou a vida entre homem e mulher afirmando que não é bom estar só. Nesse sentido, casamento tem muito pouco a ver com paixão arrebatadora e sexo alucinante. Casamento tem a ver com parceria, amizade, companheirismo, e não com experiências de êxtase.

Casamento tem a ver com um lugar para voltar ao final do dia, uma mesa posta para a Comunhão, um ombro na tribulação, uma força no dia da adversidade, um encorajamento no caminho das dificuldades, um colo para descansar, um alguém com celebrar a vida, a alegria e as vitórias do dia-a-dia.

Casamento tem a ver com a certeza da presença no dia do fracasso e a mão estendida na noite de fraqueza e necessidade. Casamento tem a ver com ânimo, esperança, estímulo, valorização, dedicação desinteressada, Fidelidade, soma de forças para construir um futuro satisfatório. Casamento tem a ver com a certeza de que existe alguém com quem podemos contar apesar de tudo e todos.
A certeza de que, na pior das hipóteses e quaisquer que sejam as peças que a vida possa nos pregar, sempre teremos alguém ao lado.

Assim, creio que podemos resumir a vida a dois, entre homem e mulher, idealizada por Deus, em três palavras que descrevem um casal bem-sucedido: Um casal bem sucedido é um par de amantes fieis. Um casal bem sucedido é um par de amigos fieis. Um casal bem sucedido é um par de aliados fieis. São três letras As que fornecem a base de uma relação duradoura consolidada na fidelidade.

Amante, Amigo e Aliado se escreve com A. Não creio ser mera coincidência o fato de que todas as três palavras se escrevem com A… A DE AMOR!

Fonte: Ed. René Kivitz, extraído da Revista Ultimato. – Pr. Ronaldo

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